O MAL DE CADA DIA
Mário Barreto França (poeta pernambucano)
Sim, eu sei a injustiça que hei sofrido.
Que vontade me vem de protestar!
Mas, domino este impulso e, decidido,
Continuo servindo à Pátria e ao lar.
Não choro ter, ó Deus, algo perdido,
Pois sei que muito mais tens para dar.
O que me dói é ver o amor fingido
Em ter-se, a qualquer preço, um bom lugar...
Quanta ambição de alguns o peito invade,
Pois para alimentar sua vaidade,
Mancham e ofendem de outros a moral.
E, nesse anseio de melhor destino,
Esquecem de Jesus o nobre ensino:
- “A cada dia basta o próprio mal!”
(Do livro “VEJO A GLÓRIA DE DEUS” página 119)
Mais informações sobre o saudoso poeta você encontra em: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.php?user=filemonf
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