PALAVRA IMENSA
Stela Câmara Dubois
Este azul, este clima, esta faustosa
Tarde que vai morrendo sem gemidos:
Os profundos silêncios esquecidos
De uma força, no entanto, esplendorosa.
Esta reserva incógnita, radiosa,
Que suporta os embates mais renhidos;
Os pensamentos altos, decididos,
Roteiros de uma vida mais ditosa.
Tudo isto, meu Deus, é a Tua Mão
Do infinito descendo ao coração,
Para salvá-lo e dar-lhe o Teu favor,
De cujos dedos, numa luz intensa,
Cai, flamejando, esta palavra imensa:
AMOR É DEUS, AMOR, SOMENTE AMOR!
(Do livro RAMALHETE DE MIRRA, página 65)
Comentários