SUPLÍCIO
(Variação dos sonetos UM GRANDE AMOR e APAIXONADO, do
mesmo autor)
Filemon F. Martins
É madrugada... E o canto já começa:
um pássaro nas flores do jardim,
não para de cantar, trinando à beça,
e a cantoria parece não ter fim.
Persistente, ele canta sem ter pressa,
quer conquistar a amada e está afim,
um grande amor, feliz, ele confessa
não importa o cansaço em seu motim.
Ao contrário de ti, meu passarinho,
nos meus versos imploro algum carinho
de quem o coração amou e quis...
Mas o tempo passou e só me trouxe
esta mágoa indizível, agridoce:
- ela não leu os versos que lhe fiz!
Filemon F. Martins
É madrugada... E o canto já começa:
um pássaro nas flores do jardim,
não para de cantar, trinando à beça,
e a cantoria parece não ter fim.
Persistente, ele canta sem ter pressa,
quer conquistar a amada e está afim,
um grande amor, feliz, ele confessa
não importa o cansaço em seu motim.
Ao contrário de ti, meu passarinho,
nos meus versos imploro algum carinho
de quem o coração amou e quis...
Mas o tempo passou e só me trouxe
esta mágoa indizível, agridoce:
- ela não leu os versos que lhe fiz!
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