TROVAS DO JERRY (O PAI – 1926/1999)
Vendo a beleza concreta
que me apresenta uma flor,
eu penso: não sou Poeta,
Poeta é Nosso Senhor!
Nesta vida transitória,
nada vejo de valor,
pois, da terra a falsa glória,
murcha e finda como a flor.
TROVAS DO JERRY (O FILHO – IN MEMORIAM)
Chega a noite de mansinho
traz sereno, o orvalho, a lua...
E o meu leito, em desalinho,
me reclama a ausência tua.
Cada trovinha que escrevo,
muito feliz, qual um bravo,
- de quatro folhas – é trevo,
- de amores – é lindo cravo!
(A FIGUEIRA, PÁGINA 3)
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