TROVAS DE PEDRO ORNELLAS

TROVAS DE PEDRO ORNELLAS

Quando tropeço não ligo,
nessas andanças que eu faço;
Deus olha o rumo que eu sigo
não a elegância do passo!

Novo rumo... despedida...
e ao pressentir minhas dores
a paineira entristecida
chora lágrimas de flores!

Pude notar nos caminhos,
mesmo em horas desditosas,
que rosas não têm espinhos
- espinhos é que têm rosas!

Por natureza, enganosa...
meiga e boa – quando quer!
Fogo e gelo, espinho e rosa,

anjo e demônio: Mulher!

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