SONETO DE ARVERS
Tradução de J. G.
de Araújo Jorge
Tenho um segredo na alma, e um
mistério na vida:
Um repentino amor que me empolga e
devora;
Louca paixão que trago em minha alma escondida
E aquela que a inspirou, entretanto ignora…
Louca paixão que trago em minha alma escondida
E aquela que a inspirou, entretanto ignora…
Ai, de mim! Sigo só, mesmo a seu
lado, embora
Levo no coração sua imagem querida
Até que venha a morte, e amanhã, como agora,
Nada possa esperar dessa paixão proibida…
Levo no coração sua imagem querida
Até que venha a morte, e amanhã, como agora,
Nada possa esperar dessa paixão proibida…
E ela que a alma possui só de
ternuras cheia
Seguirá seu caminho, indiferente, e alheia
Ao sussurro de amor que em vão a seguirá…
Seguirá seu caminho, indiferente, e alheia
Ao sussurro de amor que em vão a seguirá…
Presa a um nobre dever, a um tempo
fiel e bela,
Dirá depois que ler meus versos cheios dela:
-“Que mulher será essa?…” E não compreenderá…
Dirá depois que ler meus versos cheios dela:
-“Que mulher será essa?…” E não compreenderá…
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