DELÍRIO
Filemon
Martins
Quando
te vejo amor embevecida,
como
se fosses um lindo jasmim,
imagino
que sejas, ó querida,
a
mais bonita flor do meu jardim.
Quanta
ternura ao vê-la nesta vida
olhando
de soslaio para mim,
e
cuido ver-te alegre, comovida,
pensando
em nosso amor que não tem fim.
Mas
se assim confessasse no momento
que
muitas vezes sonho e em pensamento
eu
vejo a tua imagem mais risonha...
Eu
sei que, então, num gesto comovente,
tu
me dirias feliz e sorridente:
-
¨não creio, isto é delírio de quem sonha¨!
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