O NASCIMENTO DE UM SONETO
Filemon Martins
Sábado à tarde, sopra forte o vento,
o céu promete um belo temporal,
concentro no papel o pensamento,
quero escrever um verso original.
Procuro em vão conciliar o tempo,
a inspiração não vem, é mau sinal.
- Onde andará a musa no momento?
Mas a chuva é que vem torrencial.
Busco a palavra e o verbo se evapora,
faço rabiscos, leio e jogo fora,
que a poesia fugiu e não voltou.
As horas passam; vejo da janela
que a lua surge radiante e bela,
e agora meu soneto terminou!
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