SEM FRONTEIRAS
Filemon Martins
Viajo com as nuvens. Sou poeta.
Gosto de dar vazão ao pensamento.
Sou capaz de chegar ao firmamento
e voltar para a terra como atleta.
Na terra, pego a minha bicicleta,
vou pedalando mesmo contra o vento,
enquanto os versos nascem no acalento
de uma paixão suave e não secreta.
Não há fronteiras, pois o amor é brando,
poetas são assim, vivem sonhando
com um mundo feliz e mais humano.
Não importa se a vida é muito breve,
o amor é intenso e o fardo fica leve
quando o perdão se torna soberano.
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