A CARTA

 

A CARTA

(Lendo o Soneto A Carta Interrompida,

de COLOMBINA – 1882-1963)

Filemon Martins

 

A carta interrompi. Ninguém resiste

Que tanto amor acabe desprezado.

Meu mundo colorido ficou triste,

Quando escrevi: - está tudo acabado.

 

O trauma deste amor inda persiste,

- Por que viver assim amargurado?

A minha mão se agita e ainda insiste

Em terminar o show já começado...

 

Basta postar a carta já escrita,

Tudo acabou, a vida é só desdita,

Vou aprender viver no meu limite...

 

No envelope lacrado – quanto medo,

O correio há de levar o meu segredo,

Mas o meu coração já não permite!

 

 

Comentários