LEGÍTIMA VITÓRIA

LEGÍTIMA VITÓRIA

             Mário Barreto França

A multidão surgiu na noite escura
Com varapaus e espadas, tendo, à frente,
De Judas a sacrílega figura
Que beijou de Jesus a fronte ardente...

Mas Pedro, ao ver-lhe a saudação perjura
E a maldade da turba, de repente,
Na destra, a espada rútila segura
E fere o servo Malco irreverente...

Cristo, porém, reprova essa atitude
E lhe diz que dos simples a virtude
Está em sofrer tudo sem rancor,

Porquanto a mais legítima vitória
Não é por armas alcançar a glória,
Mas conquistar o mundo pelo Amor.


(Do livro “O LOUVOR DOS HUMILDES” página 23)

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