FANTASIA

              FANTASIA

                        Pedro Ornellas

Na casa tosca e pobre a mesa parca,
Coração cheio e mãos sempre vazias...
Fartura de ilusões e fantasias
No reino em que, soberbo, eu fui monarca!

Por sobre a areia fina dos meus dias
O tempo deslizou deixando a marca,
Sulcos profundos que o meu pranto encharca
Quando o passado volta em noites frias!

Como era doce a antiga brincadeira...
Meu trono: um simples banco de madeira,
E de esperanças meu castelo eu fiz!

Hoje, à mercê da vida que me afronta,
Já não sou mais o rei do faz-de-conta...
Já não sei mais brincar de ser feliz!

(Transcrito de imprensa@revistazap.org – Boletim n° 163/2011)

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