CAPRICHO

                                  CAPRICHO
                                           Filemon F. Martins
                   
Quis o destino, caprichoso, um dia,
que eu sofresse, na terra, grande dor.
Conspiração dos astros da poesia
que me fizeram crer no teu amor.

Ingênuo, acreditei na fantasia
que me ofertou teu lábio sedutor,
e vi morrendo, aos poucos, a alegria
quando partias como o beija-flor.

Eras a estrela vésper do meu sonho
povoavas meu céu sempre risonho
em noites de fulgor e de luar...

Mas me deixaste assim, cama vazia,
sem ter ninguém na madrugada fria,
um condenado à morte por amar.


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Olá meu amigo poeta, em triunfal retorno te aprecio em soneto divino! Abs., Miguel-