TROVAS DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO
Nos bons tempos de menina,
pula-se corda a valer.
Mais tarde – que triste sina! –
a corda nos vem bater.
O mar inquieto é um menino.
Tempestuoso, é um rapaz.
Calmo, reflete o destino
do velho que encontra a paz.
Vem o mar jogar-se aos pés
da penedia arrogante;
ela desdenha as marés
e namora o céu distante.
Na vida, nem todos temos
lenitivo para o estresse...
É como um barco sem remos
em rio que avança e cresce!
(Do livro TROVAS PARA REFLETIR, página 42)
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