TROVAS DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO


TROVAS DE MARIA THEREZA CAVALHEIRO

 

Quando a noite se faz dia

e os sonhos fogem velozes,

há uma luz que se irradia

no eco de muitas vozes.

 

Sem vitória nem torcida,

na grande quadra do céu,

a lua é bola perdida

que ficou jogada ao léu.

 

O luar, lascivo e amante,

abre o vestido da mata,

e em seu corpo exuberante

passeia os dedos de prata...

 

Quando a lua abre seu cofre

de moedas pelo chão,

o sonhador que ama e sofre,

quer todas em sua mão.

 

(Do livro TROVAS PARA REFLETIR, página 35)

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