NATAL


            NATAL

 

                  Luiz de Carvalho Rabello

 

Em Belém da Judéia. Uma harmonia

dulcíssima e divina, fere o ambiente.

Calmas, brandas, à luz da lua fria,

alvas ovelhas balem mansamente.

 

É que em plácida e pobre estrebaria,

num século medonho e impenitente,

em que sofrem, refertos de agonia,

os filhos de Israel, humildemente,

 

acaba de nascer – momento augusto!

o Deus-Menino, o Redentor, o Justo,

há tantos longos anos esperado;

 

o bom Pastor que ao mundo, à gente ignara

traz o perdão, sorvendo a taça amara

da ingratidão dos homens no pecado...

(I Concurso Norte-Fluminense de Sonetos, página 32)

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