SE
EU PUDESSE FAZER O NATAL...
Pastor
José Britto Barros
Ah!
Se eu pudesse hoje fazer o Natal!
Iria
então mudar o que dele os homens fizeram...
Sim,
porque o Natal que hoje é festejado
Nada
tem do que por Deus ao mundo foi mostrado.
Natal
é dom de Deus que mandou Jesus Cristo
A
ser o Salvador como estava previsto!
E
veio o prometido, o divino Senhor
Para
ser dos mortais o eterno Salvador!
Não
havia comércio a ninguém explorando,
Nem
gritos infernais o ouvido perturbando.
Houve
os anjos nos céus cantando melodias,
E
outro anjo trazendo novas de alegrias...
Houve
estrela de brilho, o esplendente fulgor
Os
Magos conduzindo aos domínios do Amor!
Pastores
foram ver o Cristo ora nascido
E
os Magos foram dar-lhe o que haviam trazido...
Mas
hoje o que nós temos é grito, é propaganda,
É
barulho demais vibrando em toda banda...
Se
eu pudesse fazer o Natal novamente
Seria
algo melhor: a expressão d’alma crente.
Eu
sei que isso seria algo muito, muito pobre,
Mas
sei também seria algo sério e mui nobre!
Iria
recolher das b e l e z a s do astral
Mil
rastilhos de prata e fazer meu Natal.
Iria
transcrever mil sons das cataratas
E
assim executar as minhas serenatas,
Serenatas
a fim de amostrar meu afeto
Ao
Cristo que desceu do céu para o meu teto.
Iria
copiar dos três Magos as suas atitudes
E
ao Cristo oferecer riquezas das virtudes!
Iria
acompanhar pastores de Belém
E
ver na manjedoura Cristo, o Sumo Bem!
Nada
de ter presépios, vaquinhas de brinquedo
Paradas
sem dar leite e até causando medo...
Teria
eu de usar jumentos no serviço
De
levar mantimentos a quem precisa disso...
Iria
qual Simeão tomar Jesus nos braços
E
apertá-lo com amor e num milhão de abraços
Declarar
que estou pronto a partir para o além
Onde
irei conviver com o Cristo de Belém!
Ah!
Quem dera eu pudesse fazer outro Natal
Em
que os homens cristãos se afastassem do mal!
Ah!
Quem dera eu pudesse outra festa fazer
Onde
o Filho de Deus honrado fosse ser!
Mas
se tal não consigo apenas eu me prostro
E
contrito ofereço a Deus a minha prece,
Pois
só Ele tal coisa de mim é que o merece.
Darei
ao meu Senhor os dias que me restam
E
meus símplices versos que louvores atestam.
Recebe,
ó meu Jesus, o meu canto final:
A
Ti os ofereço, ó Cristo magistral !
És
luz, és esplendor, és beleza infinita,
És
a Graça de Deus, essa Graça bendita!
És
tudo que precisa este mundo global,
És
o Deus feito homem, és Tu nosso Natal !
João Pessoa, dezembro de 2012
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