TROVAS
Alice Bueno de
Oliveira
Os sonhos tecem cirandas
pelo passado perdido;
e o vento pelas varandas
é um trovador esquecido...
Há no outono a nostalgia
de minha ilusão perdida;
a embalar a fantasia,
de tua ausência sentida...
A trova é ternura, é salmo,
é nuvem, castelo, pluma;
festival de vento calmo
após vendaval de bruma...
Bailam as verdes ramagens,
aves gorjeiam em prece;
crianças trazem mensagens
do amanhã que a vida tece...
(Anuário – Coletânea de Trovas Brasileiras, página 88)
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