MÃE
Mário Barreto França
Quando eu vejo um
berço onde se inclina
a mais santa mulher
que o filho agrada.
Lamento a minha
sorte, a minha sina
que me fez te perder
na infância amada.
De então – pela
existência peregrina,
falta-me tudo! Mãe –
não tenho nada
que me dispense a
graça pequenina
duma amizade
desinteressada...
Ai quem me dera te
tornar à vida
para inda ouvir a
tua voz querida
e em teus braços
maternos repousar...
Porque somente o que
tem mãe no mundo
pode encontrar no
seu amor profundo
a fé e o alento para
crer e amar...
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