SONETO DE CASTRO ALVES (1847/1871)
Se houvesse ainda talismã bendito
que desse ao pântano – a corrente
pura,
musgo ao rochedo, festa – à
sepultura,
das águias negras – harmonia ao
grito...
Se alguém pudesse ao infeliz precito
dar lugar no banquete da ventura...
E tocar-lhe o velar da insônia
escura
no poema dos beijos – infinito...
Certo... serias tu, donzela casta,
quem me tomasse em meio do Calvário
a cruz de angústias que o meu ser
arrasta!...
Mas, se tudo recusa-me o fadário,
na hora de expirar, ó Dulce, basta
morrer beijando a cruz de teu
rosário!...
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