GLORIOSA (DJALMA ANDRADE)

GLORIOSA
Djalma Andrade (1892-1975)

Há mulheres que vencem pela graça,
Vencem, dominam de uma tal maneira,
Que o coração viril, por mais que faça,
Nunca mais tem a liberdade inteira.

Em outras, a ternura nos enlaça,
Uma ternura doce e verdadeira:
São corações de arminho, almas sem jaça,
De sombra acolhedora e hospitaleira.

Eu sei que as há, bem vejo claro, e exulto,
Mas não me ofusca a forte claridade,
Mas não lhes rendo meu fervor, meu culto.

Pois nenhuma, por certo, se avizinha,
Na graça, na ternura, na bondade,
Daquela que nasceu para ser minha!


(Fonte: FALANDO DE TROVA)

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