PAI
À
memória de meu pai, Adão Francisco Martins, cujo exemplo devo a minha formação
e a quem trago presente a cada instante
da minha vida.
Eu quisera vencer o firmamento
e penetrar nos céus, na eternidade,
para dizer-te, ó pai, nesse momento,
a amargura que sinto, que me invade!
Quisera ter de Deus consentimento
para transpor o espaço, a imensidade,
e contar-te da mágoa e do tormento
de um coração que chora de saudade.
Pois quando tu partiste deste mundo,
meu sofrimento se tornou profundo,
que a minha vida consumindo vai...
Porém, nos vendavais dos empecilhos,
que eu possa palmilhar os mesmos trilhos,
que nesta vida palmilhaste, pai!
Eu quisera vencer o firmamento
e penetrar nos céus, na eternidade,
para dizer-te, ó pai, nesse momento,
a amargura que sinto, que me invade!
Quisera ter de Deus consentimento
para transpor o espaço, a imensidade,
e contar-te da mágoa e do tormento
de um coração que chora de saudade.
Pois quando tu partiste deste mundo,
meu sofrimento se tornou profundo,
que a minha vida consumindo vai...
Porém, nos vendavais dos empecilhos,
que eu possa palmilhar os mesmos trilhos,
que nesta vida palmilhaste, pai!
(07/01/1970
– Faz 45 anos que nosso pai nos deixou. Este soneto também está fazendo 45
anos. Eu o escrevi quando tinha 20 anos.)
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