A BELA (ALMIR DINIZ)

A BELA
ALMIR DINIZ

Um raio de luar, a própria luz
brilhando nos cristais – pingos de neve!
O beijo matinal – carícia leve
do rocio na flor que a aura induz.

Sinfonia em ninhais de sanhaçus
emoldura a beleza, e circunscreve
no régio altar de um rosto a ilusão breve
de uma deusa singrando céus azuis.

Face e contornos sempre em sintonia
dão a medida exata da magia
que do conjunto brota, e se nivela

a um anjo, a um ser divino, estonteante
que aos olhos de paixão de algum amante

será, entre as formosas, a mais bela.

Comentários