TROVAS
DO JERRY FILHO (Ipupiara, Bahia)
(21/12/1950
– 19/05/2015)
(In
memoriam)
Escolha
um solo fecundo,
prepare-o
com muito ardor,
e com
fervor mais profundo
plante
a semente do Amor!
Já dizia um certo nobre
ao filosofar aos seus:
“aquele que empresta ao pobre,
simplesmente dá... Adeus!”
Cada trovinha que escrevo,
muito feliz, qual um bravo
- de quatro folhas – é trevo,
- de amores – é lindo cravo!
Pela sombra do destino
o qual traça a diretriz,
viajo desde menino
na ilusão de ser feliz.
Nesta vida amargurada
onde o mal se opõe ao bem,
a poesia é nossa fada
no Universo ou mesmo além.
O mar revolto da vida
tenta abafar ideais,
e a gente – vaga perdida –
procura a praia da paz.
Por dinheiro, quanta lida,
o homem se julga esperto,
mas, na luta pela vida,
vem a morte – prêmio certo.
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