TROVAS DIVERSAS
Não te maldigas,
querida,
mesmo se a dor te
magoa:
– é sempre feliz
na vida
a alma que é pura
e boa.
Auta de Souza - 1876 – 1901, Natal/RN
Tudo se gasta e
se afeia,
tudo desmaia e se
apaga,
como um nome
sobre a areia,
quando cresce e
corre a vaga.
Casimiro José Marques de Abreu 1837 – 1860,
Nova Friburgo/RJ
Na hora em que a
terra dorme,
enrolada em frios véus,
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza
enorme
enchendo o abismo
dos céus.
Antônio de Castro Alves 1847 – 1871,
Salvador/BA
Outrora, em
tardes serenas,
chorei sob uns
ramos largos;
e esses ramos,
hoje, apenas
sabem dar frutos
amargos.
Humberto de Campos 1886 – 1934, Rio de
Janeiro/RJ
(ALMANAQUE CHUVA DE VERSOS Nº 411, JOSÉ FELDMAN)
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