HISTÓRIA SEM FINAL
JOSÉ ANTONIO JACOB (
JUIZ DE FORA/MG)
Abro o caderno onde
escrevi outrora
As minhas ilusões de
amor e rima
E o que esses versos me
dirão agora
Se já não tenho crença
e nem estima?
Procuro uma palavra que
me exprima
Um pensamento bom, que
não se aflora,
E quando a luz da ideia
se aproxima
A sombra da esperança
vai embora.
Meus frágeis versos,
vítimas de mim,
Leguei-lhes toda
herança do meu mal
Em pobres frases vãs e
inacabadas.
Serão eternos por não
terem fim
E viverão nas páginas
fechadas
Do meu livro de
história sem final.
(ALMANAQUE CHUVA DE
VERSOS 464, JOSÉ FELDMAN)
Comentários