REMINISCÊNCIAS...
Em Ipupiara, onde
nasci e em toda região da Bahia era comum os filhos cumprimentarem o pai, a mãe
e os tios, dando-lhes uma bênção, não só como respeito, mas também pedindo
proteção. Hoje, pouco se usa esse costume. Tempos modernos. E foi assim que o
mano Mário Martins, que, na época estudava no Recife voltou, de férias, à
Ipupiara. O tempo passava célere e o mano não queria decepcionar nenhum parente
e às vezes era difícil reconhecer este ou aquele tio ou tia que morava nos
arrabaldes (roças ou fazendas próximas à cidade). Então me convocava: Filemon,
você vai na frente e quem você der bênção, já sei é tio ou tia. E eu ia na
frente, bença tio, bença tia, e o mano atrás repetindo o gesto. Mas eram muitos
tios e quando eu me adiantava um pouco mais, o Mário falava baixinho, devagar
Filemon, devagar, que eu não vou saber quem você deu bênção. Assim, a nossa
visita continuava e o mano sempre ficou bem na fita...
Nota: O mano nos
deixou em 18/03/2016.
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