SONETO DE CARLOS RIBEIRO ROCHA
(de memória e constava do livro HARPA SERTANEJA, inédito)
Já não lamento os sonhos destruídos,
- relembrar não desejo as ilusões
e a ventura fugaz dos tempos idos,
- folhas secas tombando aos turbilhões!
Chorar não devo! Os galhos ressequidos
sem flores, sem orvalho, sem canções,
tornam-se, às vezes, belos e floridos
ornando as serras, várzeas e grotões.
Surgem nos ramos novas esperanças
e a relva revestida vai ficando
de áureas flores, corimbos, verdes franças...
Se as nossas ilusões vão sucumbindo,
em nossas almas nasce, vai surgindo
das novas ilusões o álacre bando!
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