Aos defensores da Reforma da Previdência, este texto de Afonso
Romano de Sant’Anna, A IMPLOSÃO DA MENTIRA, diz tudo: “Mentiram-me. Mentiram-me
ontem e hoje mentem novamente. Mentem de corpo e alma completamente. E mentem
de maneira tão pungente que acho que mentem sinceramente. Mentem, sobretudo
impunemente. Não mentem tristes, alegremente mentem. Mentem tão nacionalmente
que acho que mentindo história a fora vão enganar a morte eternamente. Mentem,
mentem e calam, mas nas frases falam e desfilam de tal modo nuas que mesmo o
cego pode ver a verdade em trapos pelas ruas. Sei que a verdade é difícil e
para alguns é cara e escura, mas não se chega à verdade pela mentira nem à
democracia pela ditadura. (...) Mentem partidariamente,
mentem incrivelmente, mentem tropicalmente, mentem hereditariamente, mentem,
mentem e de tanto mentir tão bravamente constroem um país de mentiras
diariamente”.
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