UM NOVO VELHO GOLPE


UM NOVO VELHO GOLPE

Sábado, 21 de abril, feriado. Resolvi ir à agência do Banco do Brasil, na Av. Paranaguá, 1409, perto de casa. Pretendia fazer uma operação corriqueira, uma transferência de numerário. Daí nem celular levei. Na agência não havia quase ninguém. Poucos caixas de autoatendimento estavam funcionando, como costuma acontecer nos fins de semana. Tento num caixa, vou em outro e quando penso que vai dar certo, meu cartão fica preso na máquina. Vai daqui, vai dali e o cartão não sai. Pensei se eu tivesse um martelo... Nisso, uma moça alta, cor branca, cabelos curtos e pretos, usando óculos escuros, se ¨compadece¨ de mim e pergunta o que ocorreu. Explico. Enquanto isso, na tela da máquina aparece uma mensagem perguntando se o meu cartão ficou preso na máquina. Respondo que sim. E outra tela aparece pedindo para digitar o meu CPF. Feito isso, a máquina emite um extrato informando que você deve ligar naqueles telefones para saber as providências possíveis. Uma pane na máquina deixa a tela preta, apagada. Nesse momento, a moça diz agora o Sr. liga pra esse telefone. Mas, como ligar se nem o celular eu levei?  Ela se prontifica e com o papel em sua frente ela liga e diz ao celular que há uma pessoa com o cartão preso na máquina. Passa o celular pra mim que começo a falar com a certeza de que estou falando com a funcionária do banco, que me pergunta se estou falando do meu telefone, com a resposta negativa, ela orienta que vai mandar uma equipe resgatar o cartão, mas solicita o meu telefone e diz não poder falar mais porque estou com telefone de terceiro e que em casa ligaria no meu celular, com as orientações e providências cabíveis. E fez. Ligou confirmando que a equipe resgataria o cartão e o entregaria ao gerente do banco, onde, na 2ª feira, eu poderia retirá-lo. Deu-me nº de protocolo e código de bloqueio. Mas, antes com voz firme e convincente, pediu-me outras informações como senha, nome do pai, da mãe e eu feito um pato, caí no golpe. Este fato se deu entre 10.15 e 10.25. Só depois de uns 40 minutos, a ficha caiu. Um gerente da Casas Bahia, do Center Norte, por nome Vagner me ligou perguntando se eu havia autorizado uma compra no valor aproximado de R$ 4.000,00. Aí eu entendi a gentileza da moça. Pedi ao Vagner para brecar a compra e resumi pra ele o ocorrido. Em seguida liguei para a administradora pedindo o bloqueio do cartão. Mas, na 2ª feira, ao chegar no banco para troca de senha constatei que a desqualificada sacou R$ 2.100,00 de minha conta num terminal em Vila Sabrina, além de ter comprado ou tentado comprar em outros estabelecimentos comerciais, sem a devida identificação. Fui ao 62º Distrito Policial e registrei a ocorrência, o chamado Boletim de Ocorrência nº 1288/2018. Trata-se de uma gangue, uma quadrilha, porque na 2ª feira quando compareci ao banco, uma senhora a meu lado dizia ter sido lesada do mesmo jeito, só que por volta das 13.30. Sabemos que há muitas vítimas, especialmente idosos que ficam à mercê destes larápios que, nos fins de semana transitam nessas agências bancárias. Faltam câmaras, segurança e parece não haver políticas de prevenção com o cliente objetivando travar operação suspeita, como essa e outras que ocorrem, mostrando um sistema cada vez mais sucateado.
Mas fico bem intrigado quando eu titular do cartão quero sacar dinheiro, que o banco me informa que o limite é de R$ 600,00 ou 800,00. Ou será que mudou? Como a picareta conseguiu sacar esse valor? Algum expert em banco pode me explicar? De qualquer forma é bom ficar alerta e evitar o banco no fim de semana.  

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