(Imagem da Internet)
UM ROUBO IMPENSÁVEL
Filemon Martins
Sinceramente na época em que ocorreu o fato, 1992, eu não conhecia
este tipo de ação. Éramos 10 funcionários quando entramos no quadro de
funcionários da Pref. do Município de São Paulo por Concurso Público. O moço,
vítima do roubo foi o 2º colocado no concurso na Região Leste. Portanto, não
era uma pessoa ingênua, mas provavelmente se deixou levar pela aparência do
ladrão bem vestido ou como disse um amigo, na época, o OLHO GORDO falou mais
alto.
O fato foi o seguinte: assim que começamos a trabalhar no hospital
tínhamos um local no estacionamento, onde se podia estacionar o carro. Depois
de um certo tempo este nosso amigo resolveu vender o carro e afixou um cartaz
contendo a informação de vende-se e o telefone do local de trabalho, onde ele
poderia ser facilmente encontrado.
Certo dia o telefone tocou; a pessoa se identificou como sendo um
parente que foi levar alguém ali no hospital. Falou sobre o carro e do seu
interesse em comprá-lo. Pediu que ele descesse, se possível, a fim de que
pudesse ver o carro por dentro, já que por fora ele havia gostado do carro. O
rapaz desceu, mostrou-lhe o carro por dentro, falaram sobre o valor que ele
pretendia receber e o outro se mostrou entusiasmado para comprar o veículo. A
certa altura, o suposto comprador, lhe perguntou: - ¨você tem conta no banco,
por que não me passa o nº de sua agência e conta? Assim, posso adiantar e fazer
o depósito em sua conta e amanhã passo aqui lhe entrego o comprovante e já levo
o carro¨.
Perfeito, pensou nosso amigo, o cara deve estar mesmo interessado
no carro; não pediu sequer um desconto. No dia seguinte, o sujeito ligou e
disse: -¨ já fiz o depósito em sua conta, se você puder descer, traga os
documentos do carro e a gente já fecha o negócio¨. O rapaz, mais que depressa,
desceu correndo até o estacionamento, onde o comprador do carro o aguardava. Pegou
o comprovante do banco, conferiu o valor e o guardou em sua carteira. Entregou
as chaves e os documentos do carro. Despediram-se. Foi a última vez que ele viu
o carro saindo do estacionamento do hospital e ganhando a rua, dirigido por um
novo dono. Alguns dias depois, ele se dirigiu até a agência do Banespa, hoje
Santander, na Av. Paranaguá para ver sua conta recheada de dinheiro e teve uma
desagradável surpresa, o depósito foi feito em cheque e havia sido devolvido.
Motivo: cheque roubado. E nunca mais ele teve notícias do carro, tampouco viu
outra vez aquele sujeito rondando o estacionamento do Hospital Alípio Correa
Neto, na zona Leste de São Paulo.
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