INFLUÊNCIA POSITIVA




INFLUÊNCIA POSITIVA
Filemon Martins
                                        


                  Nascido em Ipupiara, interior da Bahia, filho de pais Batistas, não seria necessário afirmar que recebi forte influência evangélica que norteia a minha vida até hoje e o meu modesto trabalho. Escritores e poetas do EVANGELISMO NACIONAL, especialmente de poetas que tinham e têm suas poesias declamadas todos os domingos nas inúmeras Igrejas Evangélicas do País.
                  Contudo, devo reconhecer que a primeira grande influência veio de meu pai, Adão Francisco Martins, que, embora vivendo no interior da Bahia, primeiro em Morpará, depois em Ipupiara, sem quaisquer recursos, era autodidata, tornando-se excelente pregador evangélico, escrevendo sermões, discursos políticos e redigindo documentos em sua velha máquina de escrever marca Remington. Mário Ribeiro Martins, em seu livro “CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS” informa que “Adão Francisco Martins foi nomeado Prefeito de Brotas de Macaúbas, em 1946, pelo Interventor Federal na Bahia (1946 – 1947), General Cândido Caldas e permaneceu no cargo de Prefeito, até abril de 1947.” Era assinante de revistas da época, como, por exemplo, a revista “O Cruzeiro”, que ele leu e colecionou por muitos anos. Comprou, colecionou e leu obras famosas, entre outras, ¨O Peregrino¨ de John Bunyan, “A História Universal” de César Cantu, com 32 volumes.
                  Mais tarde grandes nomes da literatura evangélica viriam influenciar meu trabalho, entre os quais, Mário Barreto França, do Recife, autor de dezenas de livros, como: “Sob os Céus da Palestina”, “Como as Ondas do Mar”, “Rios no Ermo”, “Vejo a Glória de Deus”, “Primícias da Minha Seara”, etc. Outro gênio da poesia evangélica foi Gióia Júnior, de Campinas – SP, político e poeta, autor de “Canto Maior”, “Cântico Novo”, “Bem-me-Quer”, “Estátuas de Sal”, “Aparecem as Flores na Terra”, com sua poesia social e humana.
                  Formando a tríade de poetas evangélicos, vem Jônatas Braga, de Sucupira, no Recife. O ilustre poeta pernambucano é autor de “O Milagre do Amor”, “O Cântaro Junto à Fonte”, “O Suave Convite”, etc. Além destes, cite-se também Carlos Ribeiro Rocha, da Bahia, com sua poesia simples, mas profunda, autor de “Sertão Florido”, “Pingos de Mim”, “Rastros de Uma Vida”, “Meditações, Lições”, “Porta Aberta”, etc.
                  Outros nomes merecem citação, como Joanyr Ferreira de Oliveira, mineiro, autor de “Antologia da Nova Poesia Evangélica”, “Cantares”, entre outros. Eudaldo Silva Lima, baiano, de Mundo Novo, Presbiteriano, autor de “Cantigas de Fim de Safra”, “Romeiros do Meu Caminho”, “Escravos da Serra”, etc. As professoras Myrtes Mathias, autora de “Encontro Marcado”, “O Presente Para o Menino”; Stela Câmara Dubois, autora e tradutora de vários livros, com o seu excelente “Ramalhete de Mirra”; José Britto Barros, autor de “Criançada, Vamos Recitar” e o seu imortal livro “Memórias do Nazareno”, etc.
                  Como se vê, a lista de poetas evangélicos é extensa e a influência exercida sobre o meu trabalho não há como negar. Estes são apenas alguns que estiveram mais próximos, mas existem outros não mencionados aqui.  Aliás, os evangélicos (refiro-me ao protestantismo clássico, entre os quais estão os Presbiterianos, Batistas, Luteranos, Metodistas, entre outras) têm contribuído de forma exemplar para o desenvolvimento da sociedade brasileira, com trabalhos importantes, tanto na educação, saúde, política e literatura, sejam através de médicos, hospitais, educadores, jornalistas, professores, escritores, poetas, cientistas, pensadores, colégios e faculdades. Essa influência não pode ser negada e tão pouco menosprezada e esquecida.



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