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ESCLARECENDO
Filemon Martins
Neste momento, o silêncio seria mais aconselhável, mas a
consciência me repreende e manda escrever em respeito aos amigos. Com a saída
do ex-juiz federal Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública do
Brasil, o governo Bolsonaro que tinha o meu apoio até então, me decepcionou.
Perdeu a credibilidade que o elegeu e deu lugar aos interesses pessoais. Os
fatos estão se confirmando: pouco mais de um ano na presidência, o governo
abraçou o Centrão, que engloba partidos como PP(37 deputados), PL(39),
Republicanos(32), Solidariedade(14), PTB (12), PSD(34), MDB(35), DEM (28), PROS
(10), PSC(9), Avante(7) e Patriota(6), ou seja algumas serpentes já preparadas
para o bote e conhecidas dos brasileiros. Com isso, não advogo a volta daqueles
grupos que tantos prejuízos deram ao Brasil, incluindo aí a família SARNEY,
FHC, COLLOR, LULA, DILMA E TEMER. Não polemizo. Não sou formador de opinião. Não
tenho a pretensão de convencer ninguém e muito menos discutir política, mas
essa é a minha opinião. Se até aqui o governo vinha razoável, creio que daqui
para a frente será um salve-se quem puder, enquanto o Poder Executivo e o
Congresso Nacional vão se transformar num balcão de negócios, como sempre foi
em administrações anteriores, ¨o toma lá, dá cá¨.
O ministro titular da pasta de Educação, Sr. Abraham Weintraub
ao que parece, não domina a Língua Portuguesa, tais os erros que tem cometido. Por
que, então, atua na educação? Como dizia minha saudosa irmã Eunice, ¨ele não
tem estilo¨. Ora, sabemos que a educação não é prioridade neste governo e nunca
foi em nenhum. Miguel de Oliveira Couto, que nasceu em 1865 e faleceu em 1934
escreveu um texto falando sobre a educação nacional e segundo ele, esse era o
primeiro problema do Brasil, ¨porque era urgente, porque resolveria todos os
outros e uma vez resolvido, colocaria o Brasil a par das nações mais cultas,
dando-lhe proventos e honrarias, além de prosperidade e segurança. E, se assim
for, na verdade torna-se o único. Pensai na educação, brasileiros¨! E o ministro
do Meio Ambiente do Brasil, Sr. Ricardo Salles, que falou em passar a boiada,
aproveitando a crise da pandemia? Será que ele é fazendeiro interessado em
desmatar terras e construir fazendas? O poeta baiano Castro Alves escreveu um
poema que se aplica perfeitamente ao desmatamento que está ocorrendo no Norte e
Centro-Oeste do Brasil, A QUEIMADA: ¨A floresta, rugindo, as comas curva, / As
asas foscas o gavião recurva, / Espantado a gritar. /O estampido estupendo das
queimadas /Se enrola de quebradas em quebradas, /Galopando no ar. /E a chama
lavra qual jiboia informe, /Que, no espaço vibrando a cauda enorme, /Ferra os
dentes no chão. /Nas rubras roscas estortega as matas... /Que espadanam o
sangue das cascatas /Do roto coração!... /Então passa-se ali um drama
augusto... /No último ramo do pau d arco adusto /A onça se abrigou.../Mas rubro
é o céu...Recresce o fogo em mares /E após tombam as selvas seculares.../E tudo
se acabou¨!... E o Paulo Guedes, ministro da Economia que é obcecado em
privatizar ¨a porra do Banco do Brasil¨? Todos os bancos apresentam lucros
estratosféricos, mas querem privatizar o banco. Qual a explicação? Enquanto
isso, o presidente está inerte, só lhe interessa as investigações que podem respingar
em seu colo. Assim, não dá. Há muito o que fazer no Brasil. Basta de embromação
e picuinhas todos os dias.
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