NÃO CHORES, POESIA!




NÃO CHORES, POESIA!
Carmo Vasconcelos

Não chores, poesia, minhas ausências,
se na tristeza em lágrimas te deixo…
Porque breve é meu aparto e meu desleixo
na urgência de abraçar outras carências.

São desta vida esparsa as contingências,
que me afastam de ti, divinal eixo,
levando-me a rolar, inquieto seixo,
por areias rendilhadas de envolvências.

Mas sempre volto, amada flor, e ajoelho
com alma de menina arrependida,
a pôr-te aos pés meus versos de amor velho.

E tu serás, das flores mais dilectas,
a eleita que levada na partida,
hei-de plantar no azul astral dos poetas!

(FONTE AVBAP)




Comentários