O GRITO DO POETA



                                                                (Foto do meu acervo)



O GRITO DO POETA 

Filemon Martins 

No meu viver de cidadão, proscrito, 
carrego a dor imensa do Universo. 
Meu canto desolado traz, aflito, 
as tristezas do mundo controverso. 

De desespero clamo, sofro e grito, 
tudo em vão, pois o povo está imerso 
na inépcia política do mito, 
- não compreende mais o que é perverso. 

A Esperança se esvai a cada aurora, 
o poder corrompido se agiganta, 
parece não haver outra saída... 

Meu protesto, em verdade, não tem hora, 
minha voz de poeta ainda espanta 
os vendilhões da Pátria adormecida!

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