O VÍRUS POLÍTICO


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O VÍRUS POLÍTICO
Filemon Martins


Viver no Brasil está ficando cada dia mais difícil. Antes, a expectativa era grande, porque o povo acreditou que pudesse mudar o país com a eleição de Jair Messias Bolsonaro, que acabou frustrando boa parcela da população que o elegeu, em razão de suas atitudes conflitantes no comando do país.
Agora fomos atingidos por uma pandemia devastadora que escancarou a falta de investimentos na saúde e educação pelos governos anteriores e atuais em todos os estados da federação. A covid-19 veio assombrar a população e os políticos já preocupados com as futuras eleições. O Coronavírus virou palanque político de pessoas interesseiras e mesquinhas. Um mau gosto, por sinal.
A instabilidade do governo federal, representado na pessoa do Presidente deixa o país ainda mais fragilizado para enfrentar a pandemia. A troca de ministros em um governo é coisa natural, mas os motivos que deram origem a essas trocas, estes sim são preocupantes. Em pouco mais de um ano na presidência Jair Messias Bolsonaro já trocou nove ministros. Nelson Teich não completou nem um mês no cargo e já pediu demissão em meio à pandemia. É o nono ministro a deixar o governo. Quem será o próximo?
Com a saída do ex-juiz federal Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil foi-se nossa esperança de combate à corrupção de forma efetiva. Os sinais já estão bem claros: governo abraça o bloco do Centrão, que reúne partidos como PP, PL, PTB, MDB, DEM, PSD, entre outros, com pessoas já conhecidas e sem moral. Alguns já cumpriram pena por corrupção, lavagem de dinheiro e agora estão querendo ditar regras, como se fossem pessoas honestas, acolhidas, quem diria, pelo governo Bolsonaro.
Alguns brasileiros, por ingenuidade ou boa-fé, ainda acreditam que o governo venha a ser positivo, mas outros já admitem que o governo entrou num terreno de areia movediça, quanto mais ele se mexe, mais se afunda. Vamos aguardar daqui para frente como vai se comportar essa política de conflitos entre o Presidente e os governadores. A situação atual lembra muito a cena de um inseto quando cai na teia de uma aranha, quanto mais ele se debate, mais é enrolado. “O que é bom a gente mostra, e o que é ruim a gente esconde,” já dizia o ex-ministro Ricúpero.
Gaba-se o governo de ter eliminado privilégios e outras regalias. Ledo engano. Os salários astronômicos e privilégios de toda sorte estão justamente com políticos e membros do Congresso Nacional, que se agitam dentro das duas casas para massacrar ainda mais os trabalhadores. Muito cinismo. Não há palavra mais apropriada para descrever o que os partidos políticos são capazes. Fora, dizem estar ao lado do trabalhador, mas são testas de ferro do capital internacional e trabalham em prol dos seus próprios interesses. É muito cinismo. Enquanto isso, o desemprego cresce e a economia despenca nesse país chamado Brasil.
Até quando vamos sobreviver?

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