(FOTO DA INTERNET)
A propósito do texto QUEM FOI APARÍCIO FERNANDES?
O escritor Jesus de Miúdo, de Acari –Rio Grande do Norte, transcreveu no dia
02.02.2009 em seu blog www.acaridomeuamor.nafoto.net, comemorando 1.000.000 de
acessos.
UM MILHÃO DE ACESSOS! A imagem não poderia ser outra
Para comemorar os 1.000.000 de acessos que se dará daqui a pouquinho, quero trazer um personagem de Acari, nascido aqui, quero dizer melhor, famoso no Brasil inteiro, mas de memória esquecida em nossa terrinha, e por quem tenho adquirido cada vez mais admiração.
UM MILHÃO DE ACESSOS! A imagem não poderia ser outra
Para comemorar os 1.000.000 de acessos que se dará daqui a pouquinho, quero trazer um personagem de Acari, nascido aqui, quero dizer melhor, famoso no Brasil inteiro, mas de memória esquecida em nossa terrinha, e por quem tenho adquirido cada vez mais admiração.
Infelizmente não tenho, tampouco consegui
encontrar na Internet, nenhuma foto dele, mas se trata do poeta Aparício
Fernandes. Mas quem foi Aparício Fernandes. Deixo a resposta com o senhor
Filemon Martins, cujo texto segue abaixo, em itálico:
APARÍCIO FERNANDES DE OLIVEIRA (1934-1996) nasceu em 16 de dezembro de 1934 em Acari, Rio Grande do Norte, mas passou a infância e adolescência na cidade salineira de Macau, ao norte do mesmo Estado, onde Aparício, ainda criança, brincou, aprendeu as primeiras letras, fez amizades e teve suas primeiras paixões.
Estudou em Natal, Recife e Caicó. Seu primeiro
contato com o trabalho foi ainda em Macau, numa firma salineira. Todavia,
quando a família se mudou para Natal, seu irmão conseguiu empregá-lo no
“Departamento Nacional de Obras contra a Seca” – DNOCS.
Em 1952 resolveu dar um novo rumo à sua vida.
Embarcou no navio Itahité de Natal em direção ao Rio de Janeiro. Assim,
Aparício deixou seu Estado de origem para brilhar em outras plagas, tendo escrito,
tempos depois, uma de suas trovas mais bonitas:
“Parti do Norte chorando,
que coisa triste, meu Deus!...
Eu vi o mar soluçando
e o coqueiral dando adeus...”
Em 1967 casou-se com Adelina Maria Diniz
Fernandes, na Catedral de Juiz de Fora – MG. Seus filhos: Maria Verônica,
nascida em dezembro de 1971 e André, nascido em setembro de 1975.
Poeta, Trovador, Cronista, Radialista e
Entrevistador e um dos maiores organizadores de Coletâneas do Brasil. Aparício
colaborou em jornais, revistas e emissoras de rádio, onde apresentava programas
de trovas, ora declamando, ora entrevistando outros trovadores. Organizou e
publicou em parceria com Zálkind Piatigórsky, a Coleção “Trovas e Trovadores”,
com 22 livros de autores nacionais, edição da Livraria Freitas Bastos, entre
1962 e 1963. Ainda juntamente com Zálkind Piatigórsky e Magdalena Léa,
organizou e publicou a Coleção “Trovas do Brasil” em 12 volumes pela Editora
Minerva, em 1965.
Tornou-se Diretor da Secretaria da Junta de
Conciliação e Julgamento (Justiça do Trabalho) da cidade de Três Rios, a 123 Km
do Rio de Janeiro, formando-se, posteriormente, em Direito nas Faculdades
Integradas MOACYR SREDER BASTOS.
Escreveu dezenas de livros, entre outros: “SONHO AZUL” – 1961; “CANTIGAS DO AMOR SINCERO” – 1962; “TROVAS DO MEU CORAÇÃO” – 1965; “O GRANDE REI” – 1966; “O REI DOS REIS” – 1968; “A TROVA NO BRASIL – HISTÓRIA E ANTOLOGIA” – 1972; “NOSSAS TROVAS” (com 72 autores) – 1973; “NOSSAS POESIAS” (com 74 autores) – 1974; “POETAS DO BRASIL” (2 volumes com 150 autores) – 1975; “ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL” (2 volumes com 162 autores) – 1976 e 1977. A partir de 1978 Aparício organizou e publicou também “ESCRITORES DO BRASIL” (2 volumes) e o “ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL” em 4 volumes.
Escreveu dezenas de livros, entre outros: “SONHO AZUL” – 1961; “CANTIGAS DO AMOR SINCERO” – 1962; “TROVAS DO MEU CORAÇÃO” – 1965; “O GRANDE REI” – 1966; “O REI DOS REIS” – 1968; “A TROVA NO BRASIL – HISTÓRIA E ANTOLOGIA” – 1972; “NOSSAS TROVAS” (com 72 autores) – 1973; “NOSSAS POESIAS” (com 74 autores) – 1974; “POETAS DO BRASIL” (2 volumes com 150 autores) – 1975; “ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL” (2 volumes com 162 autores) – 1976 e 1977. A partir de 1978 Aparício organizou e publicou também “ESCRITORES DO BRASIL” (2 volumes) e o “ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL” em 4 volumes.
Autor da magnífica “ORAÇÃO DO POETA” que passou a
ocupar a quarta capa dos Anuários:
“Obrigado, Senhor, pela música mensageira da
harmonia – que nos enternece a alma; pela água cristalina, pela esperança que
anima os corações e pelo amor, que dá sentido à vida. São dádivas vossas: a
solidariedade, o riso das crianças, a ternura das mães, a sabedoria da
natureza, a justiça, o perdão, o remorso, que regenera os maus. E o próprio
erro, quando induz à verdade. Temos o mar, o céu, a terra dadivosa, os animais
que tanto nos servem, as flores – que são estrelas da terra – e as estrelas –
que são as flores do céu... Mas, sobretudo, obrigado, Senhor, pela poesia, que
é o conjunto de todas essas maravilhas e a revelação suprema do vosso amor.
Obrigado por ter-me feito sensível à face resplandecente da vossa beleza. Que
chegue até vós a nossa gratidão, porque vos dignastes ser o maior de todos os
Poetas!”
Eis algumas trovas de Aparício Fernandes:
Eis algumas trovas de Aparício Fernandes:
“Quanto mais a mulher jura
gostar de homem erudito,
tanto mais ela procura
um tipo burro e bonito...”
“Da minha infância, já finda,
eu sou o amargo produto.
Nem sempre da flor mais linda
é que nasce o melhor fruto...”
“Lá se vão os retirantes!
deixam seus campos... seus bois...
o coração morre antes!
o corpo morre depois...”
Segundo escreveu WALTER WAENY, em artigo publicado no jornal CIDADE DE SANTOS, dias 08 e 15.07.1982: “Reunindo essas duas aptidões – excepcional bom gosto e critério literário – Aparício Fernandes está plenamente à altura da tarefa imensa que se impôs: sendo, sem dúvida, um dos melhores e mais expressivos trovadores do Brasil, ele, além disso, é possuidor de ampla cultura literária e de alto senso de organização. Como consequência, as antologias, por ele elaboradas, são as melhores e mais completas de que o Brasil dispõe, no terreno da trova, e, no terreno da poesia, são aquelas que mais amplamente apresentam um panorama literário da atualidade.”
Alguns comentários sobre o Anuário de Poetas do
Brasil: “O Anuário de Poetas do Brasil é a ponte que leva os poetas olvidados
ao conhecimento do público leitor e dos expoentes da literatura nacional”.
Carlos Ribeiro Rocha (Salvador-Bahia). “Felicito-o pela beleza e propriedade da
obra, que enriquece a bibliografia brasileira”. Vasco José Taborda
(Curitiba-Paraná). “Aparício Fernandes vem realizando esse trabalho há algum
tempo, com real proveito para as nossas letras”. Torrieri Guimarães (São
Paulo-SP).
A poesia de Aparício Fernandes é de um lirismo
encantador. Não há quem não se apaixone pelos versos do poeta potiguar,
emprestado ao Rio de Janeiro. Sua poesia é profunda, bela, inspirada e
espontânea. Quem o lê, tem a sensação de estar cantando, declamando,
cantarolando uma canção de amor, de fé e de esperança.
O poeta deixou uma obra de inestimável valor para
a literatura nacional e conforme depoimento de seu amigo mais chegado, ENO
THEODORO WANKE, seu único vício – o cigarro – o levou definitivamente às duas
horas e dez minutos da madrugada de 09 de janeiro de 1996.
No ano 2000, comemorou-se o cinquentenário do
Movimento Trovista Brasileiro, também conhecido como Trovismo com o nome de
Aparício Fernandes, numa justa homenagem de seus irmãos, os Trovadores.
É verbete da ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho Botelho, edição revista e atualizada em 2001.
BIBLIOGRAFIA:
ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL – 1979 – 4º VOLUME
É verbete da ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho Botelho, edição revista e atualizada em 2001.
BIBLIOGRAFIA:
ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL – 1979 – 4º VOLUME
(FOLHA CARIOCA EDITORA LTDA - RIO DE JANEIRO).
ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL – 1982 – 1º VOLUME
(FOLHA CARIOCA EDITORA LTDA - RIO DE JANEIRO).
APARÍCIO FERNANDES – TROVADOR E ANTOLOGISTA,
ENO THEODORO WANKE
(EDIÇÕES PLAQUETTE – RIO DE JANEIRO – 2000).
filemon.martins@hotmail.com
É dele também a trova:
Das culminâncias da serra
ao mais profundo grotão,
trago viva a minha terra,
dentro do meu coração!"
O cara era bom ou não? Então, é devolvendo a Aparício um lugar no coração acariense que eu quero hoje comemorar os 1.000.000 de acessos.
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