(Imagem da internet)
UM CASO DE PROPINA
Filemon Martins
Diante dos fatos, fica patente
que nada se faz no Brasil, se não houver pagamento de propina. Lamentável.
Estes fatos me remetem a um fato ocorrido com o meu amigo Noé Durães, homem
trabalhador e honesto, que já está no plano superior. Meu amigo trabalhava no
antigo Mappin e gozava de bom relacionamento com a equipe de engenheiros, que
na época, estavam construindo a loja do Mappin, no Itaim Bibi. E o Noé estava
com uma casa para reformar; pediu, então, ao engenheiro que lhe fizesse uma
planta adequada e dentro das normas. Isto foi feito. Meu amigo resolveu
comparecer na regional da Prefeitura, apresentou a planta e pediu aprovação
antes de iniciar a reforma. O moço olhou a planta e disse: - até que sua planta
está boa, mas tem um probleminha aqui, que não nos permite aprová-la. Noé
perguntou: - ¨qual o problema e como posso saná-lo? ¨ É, a gente mesmo pode
fazer a correção e fica em R$ 900,00. Na época era muito dinheiro. Meu amigo
olhou, pensou e disse para o moço, mais tarde eu volto. Foi para o trabalho,
consultou o engenheiro, voltou para casa e disse ao pedreiro: - ¨pode executar
a obra conforme a planta¨. Conclusão: a reforma foi feita sem a aprovação da
prefeitura, mas propina ele não pagou. Suas filhas, hoje, moram na casa que o
pai lhes deixou. Coisas do Brasil. ¨Para bom entendedor, meia palavra basta¨.
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