QUEM É DÉBORA TEIXEIRA PINTO?


   (FOTO DO LIVRO HISTÓRIA DOS BATISTAS EM IPUPIARA, DE ARIDES LEITE SANTOS)



QUEM É DÉBORA TEIXEIRA PINTO?
Filemon Martins

DÉBORA TEIXEIRA PINTO nasceu em Cacimbinhas, Alagoas, em 08/05/1941. Filha de Geminiano Teixeira Pinto e Antônia Teixeira da Silva. Cursou o magistério no Colégio Batista Alagoano. Estudou também no Seminário de Educadoras Cristãs, SEC, no Recife-PE, tornando-se Bacharel em Educação Religiosa. Hoje o SEC chama-se Seminário de Educação Cristã.
Trabalhou primeiro como professora da Junta Evangelizadora de Alagoas na Escola Batista de Piaçabuçu, no Estado de Alagoas. Era membro da Igreja Batista de Cacimbinhas, quando foi designada para trabalhar como professora missionária em Ipupiara em 1966, aos 25 anos de idade. É preciso mencionar a chegada da professora Rasma Ossis, que assumiu a direção da escola batista, onde fez excelente trabalho até que se casou com o Sr. Joaquim Leite, de Ipupiara, passando a se chamar Rasma Ossis Leite, tornando-se moradora da cidade. Após sua viuvez, transferiu-se para São Paulo, não havendo outras informações ao alcance da pesquisa. Enquanto isso, a professora Débora   viajou de Cacimbinhas à Ipupiara passando por Feira de Santana e Xique-Xique, tendo se hospedado na casa da Junta de Missões Nacionais, antes de chegar ao campo sertanejo. Depois de dezessete dias de viagem, enfim, chegou à Ipupiara no caminhão de Oscarino José dos Santos, mais conhecido como Oscazão. Era noite e foi acolhida pelo casal Pastor Pedro Evangelista e Ruth Isabel Vieira de Souza, que foi professora da Escola Batista. No dia seguinte hospedou-se com o casal Getúlio Ribeiro Barreto e Solina Amorim.
A professora Débora exerceu o magistério por seis anos de forma notável, além da competência como mestra, era rígida na disciplina dentro da escola. Segundo a professora e Missionária Débora: ¨Ipupiara deve muito aos batistas brasileiros, porque quando ninguém conhecia a cidade pelo nome, nós batistas já sustentávamos o ¨Dispensário e a Escola¨. Naquela época só nós tínhamos o compromisso de sustentar a educação aí. Depois de muitos anos é que tudo foi se modificando e chegando educadores. Em algum período a Escola Batista era a única Instituição Educacional da região¨. De fato, além do magistério, a missionária ajudava no trabalho da Igreja Batista ao lado da Enfermeira Maria Leoni Centeno Duarte que fez um trabalho extraordinário em favor da vida na cidade de Ipupiara. Esse autor foi aluno da professora Débora, quando tinha dezesseis ou dezessete anos, e testemunhou sua linha dura na disciplina. Nas reuniões com pais de alunos, certa vez lhes perguntou: - ¨quem manda em suas casas, senhores¨? Depois de algum espanto, responderam: - ¨somos nós¨. E ela concluiu, dizendo: - ¨muito bem, senhores, pois aqui nesta Escola, mando eu¨.  Excelente mestra, deixou a direção da Escola em 1972, tendo sido substituída por Eliene Lima de Araújo, retornando a Cacimbinhas, Alagoas, onde foi Diretora e professora da Escola Cenecista. Foi Secretária de Administração da Prefeitura. Participou da fundação do Colégio Municipal Liceu Cacimbinhense, onde foi a 1ª Diretora. Foi Secretária de Educação do Município em 03 gestões. No Recife trabalhou na Casa da Amizade de Serviço Social do SEC (hoje Seminário de Educação Cristã). Na Universidade Católica fez Filosofia.
De volta à Cacimbinhas, tornou-se professora do Estado, tendo lecionado na Escola Estadual local e depois transferida para o Colégio Estadual Humberto Mendes em Palmeira dos Índios, onde mora atualmente. Casou-se e passou a se chamar DÉBORA PINTO BARROS, tem um filho chamado Lucas.
Trabalhou, ainda, no Centro Educacional Cristo Redentor, Colégio Sagrada família e Projeto Chama. Atualmente está viúva.
Em 2011 foi agraciada com a Comenda do Mérito Educativo, pelos serviços prestados à Educação no Estado de Alagoas. Contudo, o que marcou sua vida foi ter recebido o Título de Cidadã Ipupiarense, concedido pela Câmara de Vereadores de Ipupiara, em setembro de 2015, cidade pela qual ela nutre profundo amor, tanto com os seus ex-alunos como com os habitantes daquela cidade, onde ela tem profundas raízes, conforme suas palavras em depoimento ao autor destas notas. Continua ativa no Evangelho, como membro na 1ª Igreja Batista em Palmeira dos Índios, Alagoas, onde mora desfrutando de sua merecida aposentadoria.

REFERÊNCIAS: Ipupiara & Ibipetum, 2ª edição, e História dos Batistas em Ipupiara, 2ª edição, ambos de Arides Leite Santos.
Histórias que só agora eu conto, 1ª edição, de Filemon Martins.
Depoimento enviado pela professora, via e-mail em poder do autor destas notas.
        



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