CRÔNICA DE FIM DE ANO

CRÔNICA DE FIM DE ANO

Filemon Martins

 

Janeiro e Fevereiro de 2020 começou tranquilo. Tão calmo que eu e a esposa viajamos para Anápolis, Goiás. De lá, em companhia dos amigos Kenedy e Nívea, viajamos para Ipupiara, na Bahia. Ficamos uma semana naquela cidade sempre hospitaleira, onde nasci e temos muitos parentes e amigos. Na volta, passamos por algumas cidades baianas, como Ibotirama, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, onde almoçamos e tudo estava tranquilo. Chegamos em Anápolis, onde moram o Kenedy e a Nívea. De volta a São Paulo fomos para Itanhaém, litoral sul de São Paulo. O passeio estava programado para uma semana, quando fomos surpreendidos por um vírus mortal que parou o mundo. A cidade de Itanhaém, quase pacata, parou. Inicialmente fechou tudo, aos poucos, abriram-se supermercados, farmácias, bancos e depósitos de materiais de construção. Ficamos literalmente presos em Itanhaém. As rodovias estavam fechadas, havia controle de entrada e saída de veículos e pessoas. 2020 já não era tão tranquilo. Um filho se prontificou a nos buscar no litoral. Era chegar lá e viajar de volta para São Paulo, onde ficamos em isolamento social que ainda continua. Desde então, a pandemia se instalou e foi-se espalhando pelo Brasil afora sorrateiramente. Até o momento mais de 192.000 pessoas morreram, vítimas da Covid-19. O Coronavírus vitimou inúmeras famílias. No dia 10 de outubro perdemos um filho, o Allan com 49 anos de idade. Nos táxis, no transporte coletivo, nos bares, nas praças e nos mercados há sempre alguém comentando que perdeu o pai, a mãe, o irmão, o sobrinho ou o filho, a filha, vítima da Covid-19. Não é possível ficar calado, mas aqui no Brasil esse vírus desconhecido e misterioso encontrou um outro vírus nefasto, letal e inescrupuloso chamado ¨político brasileiro¨. Constatou-se que todos eles só pensam nos seus umbigos (conta bancária) e não estão nem aí com a população. Há uma disputa generalizada entre eles no que diz respeito às vacinas. Enquanto isso 2020 foi um ano difícil, complicado, mas nos trouxe muitas lições: não obstante o isolamento, reaproximou famílias, exigiu solidariedade, sinceridade, generosidade e compreensão. Mostrou-nos o valor dos amigos, da esperança e da fé. E a efemeridade da vida e das coisas materiais.

2020 está chegando ao fim. É tempo de reflexão. Momento de avaliação, de mudança interna, íntima, a fim de que tenhamos uma jornada mais feliz e produtiva no Planeta Terra. Sabemos que tudo se transforma. Até mesmo o ser humano com suas limitações e seus defeitos. O ensinamento bíblico é eterno e direto, conforme a Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 13: ¨Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e tivesse toda a sabedoria do mundo, se não tivesse amor, nada seria. Ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se não tivesse amor, de nada me adiantaria¨.

E surge à nossa frente, mais uma vez, a alegria de um Ano Novo. Um 2021 que representa uma nova aurora. Uma cantata de esperança, de renovação, de atitudes positivas. Um Novo Ano que nos enche de luz, com novos cânticos, novos sonhos de amor, de paz, de fraternidade e de cura.

Que sejamos todos abençoados e alcançados pela vacina que imuniza e cura, venha de onde vier em 2021. Que possamos, entrelaçados pela fé, parodiar o salmista palestino, que disse: - ¨ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS, DE TAL MANEIRA QUE ALCANCEMOS CORAÇÕES sábios¨. (Salmos 90:12)

Que brilhe sempre a Estrela de Belém – Jesus! E ensina-nos, Senhor, a amar e perdoar!   

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