HOMENAGEM PÓSTUMA
Hoje, 07 de janeiro de
2021 faz 51 anos que o Sr. Adão Francisco Martins, meu pai, nos deixou. Depois
de um dia de trabalho, ele foi visitar sua mãe, minha vó, Jovina Ribeiro
Martins. Despediu-se e se dirigiu para a Praça do Mercado, onde pretendia colocar
um cadeado na loja que mantínhamos lá na cidade (era costume local fazer isso à
noite). No percurso, dois primos que estavam na praça, observaram que ele se
sentou na calçada, em seguida o outro comentou: e deitou. Correram ao seu
encontro, mas uma parada cardíaca fulminante o levou para o outro lado com 55
anos incompletos, já que nasceu em 21.05.1915.
Éramos em 8 irmãos, com
minha mãe 9. Agora, somos 5, porque mãe, Adão, Eunice e Mário já nos deixaram.
Assim é a vida.
Nesta época, eu já
trabalhava durante o dia e estudava à noite, em São Paulo, foi quando com 20
anos de idade escrevi este soneto:
EU QUISERA VENCER O
FIRMAMENTO
E PENETRAR NOS CÉUS, NA
ETERNIDADE,
PARA DIZER-TE, Ó PAI,
NESSE MOMENTO,
A AMARGURA QUE SINTO,
QUE ME INVADE!
QUISERA TER DE DEUS
CONSENTIMENTO
PARA TRANSPOR O ESPAÇO,
A IMENSIDADE,
E CONTAR-TE DA MÁGOA E
DO TORMENTO
DE UM CORAÇÃO QUE CHORA
DE SAUDADE.
POIS QUANDO TU PARTISTE
DESTE MUNDO,
MEU SOFRIMENTO SE TORNOU
PROFUNDO,
QUE A MINHA VIDA
CONSUMINDO VAI...
PORÉM, NOS VENDAVAIS DOS
EMPECILHOS,
QUE EU POSSA PALMILHAR
OS MESMOS TRILHOS,
QUE NESTA VIDA PALMILHASTE, PAI!
Comentários