CONVERSA NO TREM
Filemon
Martins
“Esta vida não faz nenhum sentido,”
dizia o passageiro do meu
trem,
“o mundo inteiro, veja,
está perdido,
- esperança não há para ninguém.”
Assim falava o homem
ressentido
das promessas que, feitas por
alguém,
sequer foram cumpridas e incontido
ele se lamentava do desdém.
“Mas a vida é assim
mesmo,” outro dizia,
“a tristeza anda ao lado da
alegria
e a calma vem após a tempestade.”
Por que, então, meu
coração sedento
tem que provar a dor e o sofrimento
para alcançar a tal felicidade?
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