FELICIDADE II
Há
uma seriguela no meu quintal,
e
como eu me lembro!
Era
apenas um pequeno caule
quando
eu a trouxe da Bahia.
Hoje,
ela cresceu, ficou frondosa,
carregada
de frutos, garbosa,
é
por todos admirada.
Quantas
vezes nas tardes de domingo,
deitado
numa rede,
como
se faz no interior,
eu
me sinto feliz
ao
ver e ouvir os passarinhos
em
algazarras, gorjeios e carinhos
numa
felicidade sem fim...
E
a minha alma se abre, fica leve
ao
ver que o mundo pode ser feliz.
Basta,
às vezes, tão pouco:
um
simples gesto,
uma
palavra de amor,
um
aperto de mão,
ou
um sorriso acolhedor.
E
fico a pensar que a Humanidade
poderia,
no mundo, ser feliz,
se
não fosse a ganância,
se
não fosse a maldade,
se
não fosse a mentira,
se
não fosse a inveja,
como
são felizes aqueles passarinhos
que
fazem festa
naquela
árvore do meu quintal!
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