O CRIME DOS SÉCULOS

 

O CRIME DOS SÉCULOS

Solimar de Oliveira

 

Sinto na alma recôndita tristeza

Quando surge o Natal que nos conduz

Àquele tempo em que, com singeleza,

A Terra ansiava a vinda de Jesus.

 

E por sua Doutrina e a alta pureza

De sua voz, que era harmonia e luz,

Que o mundo desprezou e com dureza

Seu Salvador sentenciou à Cruz!

 

E, ao recordá-lo, como penitente,

Cismo... Quem sabe se, naquele dia,

Junto à turba ululante, irreverente,

 

Também lá estava eu, alma sombria,

Preparando o madeiro repelente

E nele erguendo o Filho de Maria!

 

** Página 24 – Instituto Campista de Literatura – Campos, RJ.

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