SONETO AO NATAL
Constantino Gonçalves
Penetrei nas entranhas do
Natal,
Aureolado de luzes
celestiais,
Para o reino encantado e
natural,
Onde recolho rosas e corais.
Nesta noite as estrelas são
sinal
Em fogo, de esperança e
madrigais,
Vestindo de beleza a alma do
mal,
Como se fossem sonhos
magistrais.
O Natal cintilante do
universo
Está vivo em minha alma mal
dormida;
Tem no engrandecimento do meu
verso
Uma imortalidade prometida,
E no espaço em que reina o
sonho adverso,
É que fica o Natal em minha
vida.
Página 38 – Instituto Campista
de Literatura, Campos, RJ.
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