ESTAMOS
NO OUTONO
Filemon
Martins
Estamos
em pleno Outono, que se iniciou em 20 de março. É bem conhecido como a época em
que as folhas secam e caem ao sabor dos ventos. Uma mudança providencial da
natureza para que as árvores se preparem para a estiagem, economizando energia.
As folhas secas, tombadas vão se transformar em adubo, fertilizando a terra
para produzir novos brotos, novas folhas, flores e frutos. Período de colheitas
e temporada escassa de chuvas. No Brasil, quase de modo geral, ocorrem muitas
ventanias, tempestades como já aconteceu neste e em outros outonos. As chuvas,
quando ocorrem nesta estação são acompanhadas por ventos fortes, raios, gerando
enchentes, medo e calamidade. Recordo-me de chuvas volumosas no mês de abril,
no interior da Bahia e dos estragos que deixou: buritis, mangueiras, coqueiros,
algarobeiras arrancadas, rachadas ao meio pelos raios que caíram. Animais
mortos, casas destelhadas, muros caídos, uma cena de terror.
No
sentido Figurado todos os seres viventes têm o seu outono, inclusive nós, os
humanos. Ninguém escapa deste processo biológico. Nesta fase da vida, as
mudanças são visíveis: até nossa visão vai diminuindo e se tornando turva. Os
sonhos vão se desbotando e desaparecendo em bandos.
Somos
compelidos a buscar renovação, através de novos projetos, novas ideias e desejos
a fim de prosseguirmos na vida. Assim como as árvores que se desfazem das
folhas secas e murchas para depois ressurgirem belas e floridas, também nós
temos que nos reinventarmos: leia mais, escreva, pinte, borde, reforme, ponha
sua criatividade para funcionar. Novos horizontes, novos sonhos, novas
esperanças hão de surgir à sua frente. O outono, basicamente é isso, desapego,
trocas, mudanças e transformações. Exercite sua mente, sua imaginação que a
vida continua...
Comentários