COLAR DE TROVAS

 

COLAR DE TROVAS I (Parceria entre Filemon Martins (FM-SP) e Lílian Maial 
(LM-RJ). 

A distância é que nos mata 
porque vem logo a saudade; 
saudade – presença ingrata 
da antiga felicidade. (FM) 

“Da antiga felicidade” 
guardei o esboço perfeito: 
teu rosto, minha verdade, 
teu peito ainda em meu peito. (LM) 

“Teu peito ainda em meu peito” 
numa paixão desmedida. 
Um sonho quase desfeito 
nos desencontros da vida. (FM) 

“Nos desencontros da vida” 
encontrei o meu caminho, 
nunca mais fiquei perdida, 
em teus braços fiz meu ninho. (LM) 

“Em teus braços fiz meu ninho” 
cheio de amor e esperança. 
Por que viver tão sozinho 
se tu me dás segurança? (FM) 

“Se tu me dás segurança” 
tu és tudo o que mais quero: 
Meu porto, minha aliança, 
o sonho que há muito espero. (LM) 

“O sonho que há muito espero” 
não pode chegar ao fim, 
pois teu amor eu venero 
e cresce dentro de mim. (FM) 

“E cresce dentro de mim” 
um sentimento profundo, 
parece não ter mais fim, 
esse amor maior do mundo! (LM) 

“Esse amor maior do mundo” 
que a minha vida completa, 
aumenta a cada segundo 
e inspira mais o poeta. (FM) 

“E inspira mais o poeta” 
a palavra incandescente, 
que queima enquanto se injeta, 
mas vai curando o doente. (LM) 

“Mas vai curando o doente” 
com carinho e com ternura, 
mas de amor inconsequente 
não tem jeito, não tem cura. (FM) 

“Não tem jeito, não tem cura” 
essa dor que não me larga, 
se hoje vivo essa procura, 
tua ausência inda me amarga. (LM) 

“Tua ausência inda me amarga” 
e a solidão nos maltrata, 
para levar esta carga 
A DISTÂNCIA É QUE NOS MATA. (FM) 

 

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