AMOR...

 

AMOR...

Filemon Martins

 

Por que amar? Se o amor é vário

se nunca compreendemos seu intento?

Por que amar?

Se em nosso itinerário

o amor se fez saudade,

e se tornou eternidade?

 

Por que amar? Subir ao calvário,

crucificar-se num suplício contra o tempo?

Entregar-se em luta solitária

prevendo o fim de todo esse tormento

que passa como a tempestade?

 

Por que amar, se o coração constata

que a vida sem amor não tem sentido?

Se não houver amor, que vale a vida?

 

Não adianta, portanto, reclamar

do companheiro, da companheira,

da sorte, do frio, da chuva, do sol,

do tempo, do calor, do vizinho, do amigo, da amiga,

se pela manhã o dia nasce trazendo para todos um arrebol luzente,

lindo e inebriante?

 

Viva a vida com intensidade

porque a vida é curta, mas é bela,

por um momento que seja,

mas viva, de preferência, fazendo o bem. 

 

 

 

 

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