RESSURREIÇÃO

 

RESSURREIÇÃO

Filemon Martins



Já não lamento o fim daquele sonho

que o tempo, impiedoso, me levou.

- Venturas e alegrias – pressuponho

tombaram pelo chão, nada sobrou.



Por que sofrer, chorar, viver tristonho?

Se o vendaval que assusta já passou?

Reconstruir é tudo o que me imponho

e gritar para o mundo: - aqui estou.



Tal como a fênix ressurgir da morte

e as cinzas sacudir buscando a sorte,

embora os olhos marejados d´água.



Meus versos jorrarão como uma fonte

fervilhando de amor vencendo a ponte,

mesmo cobertos de saudade e mágoa!

(Do livro ANSEIOS DO CORAÇÃO, página 103)

 

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