FIM DA VIAGEM
Mário Matta e Silva
Chegado aos últimos apeadeiros
Abraço do tempo a sua imensidão
Dou corda, devagar, ao coração
E vejo o girar compassado dos ponteiros.
Sinto cair a noite, os candeeiros da rua
E lá bem alto a lua bem crescente
Cada passada já me é dolente
Mas vou abraçando a silhueta tua.
Como me inspira esta curta viagem
Semeando amor, poética abordagem
Da minha história já tão alongada
Até quando (?) pergunto-me ao amanhecer
Que fim de viagem estará para acontecer
Ficando do percurso a carne despojada?
(FONTE AVBAP)
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